Ambiguidade e Contradição ou Elogio à Diversidade
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v39i1.1248Resumo
O presente artigo busca apresentar o pensamento de Bachelard enquanto aventura entusiasmante e de grande atualidade, cuja proposta é a abertura dos modos de conhecimento assim como a aceitação da diversidade em si e fora de si. Partimos de três argumentos fronteiriços aqui focalizados como eixos de força da reflexão do filósofo. O primeiro é o da androginia da alma, a partir do tema do devaneio cósmico como encontro consigo mesmo; o segundo argumento diz respeito aos circuitos dinâmicos de oposição, proposta de um novo princípio e método que está diretamente ligado a uma nova crítica que move o foco de atenção do poema ou obra de arte em geral, para a interioridade do leitor ou fruidor; por fim tratamos da Surhumanité como destino de superação permanente que vem a definir a própria noção de humanidade. Percorremos essas três noções para, ao final do artigo, sustentar a ideia da inexatidão enquanto eixo do bachelardismo, ligada à androginia da alma que supera a intolerância, nos educando à aceitar nossas diferenças e as dos outros. Pensamento final que nos permite propor a leitura atenciosa da obra de Bachelard como aprendizado da tolerância e ato de resistência capaz de produzir a metamorfose espiritual prefigurada pelo autor como principal função da poesia.
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