O enigma da atividade humana convoca clínicas do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v39i1.1267Resumo
O texto apresenta interrogações, problemas e compartilhamentos epistemológicos comuns entre dois dos principais autores da Abordagem Ergológica do Trabalho (Yves Schwartz) e da Clínica da Atividade (Yves Cot) por meio de revisão conceitual e teórico-metodológica de suas principais contribuições. Neste resgate, verificamos que compartilham uma problemática teórica relativa ao lugar do homem produtor nas situações de trabalho. Entretanto, observamos que, mesmo partindo de fontes teóricas comuns, em virtude de uma tensão no tratamento dos termos centrais desta problemática - atividade-subjetividade-meio, estes autores se distanciam pelos diálogos teóricos que trazem ao debate no percurso de sua investigação.
Downloads
Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed.São Paulo: Hucitec, 2006.
BENDASSOLLI, P.; SOBOLL, L. A. (orgs.). Clínicas do trabalho: novas perspectivas para compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas, 2011.
CANGUILHEM, G. Millieu et normes de l’homme autravail. Cahiers Internationaux de Sociologie, v.3. 1947, p.120-136.
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Trad. Maria Thereza R. de C. Barrocas e Luiz Otávio F. Barreto. 4. ed. ampliada, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
CLOT, Y. Vygotski avec Spinoza, au-delà de Freud. Revue philosophique de la France et de l’étranger, tome 140, 2015/2, p.205-224.
CLOT, Y. La fonction psychologique du travail. Paris: PUF, 1999.
CLOT, Y. Le travail entre activité et subjectivité. 1992, 855f. Thèse (Doctorat en Philosophie) –Aix-Marseille Université, Aix-en-Provence, France, 1992.
CLOT, Y. Postface. Le marxisme à l’épreuve. In: BERTRAND, D; CASANOVA, A.; CLOT, Y; DORAY, B.; HURTEL, F.; SCHWARTZ, Y.; SÈVE, L.; TERRAIL, J-P. (orgs.). Je: sur l’individualité: approches pratiques/ouvertures marxistes. Paris: Messidor/Editions Sociales, 1987. p.299-312.
CUNHA, C. M. O trabalho docente em equipe: tramas e processos vivenciados e significados atribuídos: a experiência do projeto de educação de trabalhadores – PET. 2003. 228f. Dissertação (Mestrado em Educação) – FaE/UFMG, Belo Horizonte, 2003.
DORAY , B. De laproduction à lasubjectivité. Réperages pour une dialectique de forms. In: BERTRAND, D; CASANOVA, A.; CLOT, Y; DORAY, B.; HURTEL, F.; SCHWARTZ, Y.; SÈVE, L.; TERRAIL, J-P. (orgs.). Je: sur l’individualité: approches pratiques/ouvertures marxistes. Paris: Messidor/Editions Sociales, 1987, p.117-153.
DORAY, B. Da produção à subjetividade – referências para uma dialética das formas. In: SILVEIRA, P.; DORAY, B. (orgs.). Elementos para uma teoria marxista da subjetividade. São Paulo: Vértice, Editora Revista dos Tribunais, 1989, p.77-108.
GUÉRIN, F.; DURAFFOURG, J.; LAVILLE, A; DANIELLOU, F.; KERGUELEN, A. Comprendre le travail pour le transformer – la pratique de l’ergonomie. Lyon, França : Editions de l’ANACT, 1997.
LABICA, G. Karl Marx: les thèse sur Feuerbach. Paris: PUF, 1987.
LEONTIEV, A. Activité, conscience, personalité. Paris: Editions du Progrès, 1975.
NEVES, T. I.; PORCARO, L. A.; CURVO, D. R. Saúde é colocar-se em risco: normatividade vital em Georges Canguilhem. Saude Soc. São Paulo, São Paulo, v.26, n.3, p.626-637, 2017.
ODDONE, I.; RE, A.; BRIANTE, G. Redécouvrir l’expérience ouvrière – vers une autre psychologie du travail? Paris: Méssidor/Éditions Sociales, 1981.
SCHWARTZ, Y. Vygotski/Spinoza. Revue Philosophique de la France et de l´Étranger, tome 140, n.4, p.561-566, 2015.
SCHWARTZ, Y. Le paradigme ergologique ou um métier de philosophe. Toulouse, França: Octarès Éditions, 2000a.
SCHWARTZ, Y. Philosophie et ergologie. Paris: Bulletin de la Societé Française de Philosophie, 2000b.
SCHWARTZ, Y. Trabalho e uso de si. Revista Pro-Posições, v.1, n.5, jul. 2000c.
SCHWARTZ, Y. (org.) Reconnaissances du travail – pour une approche ergologique. Paris: PUF, 1997.
SCHWARTZ, Y. Ergonomie, philosophie et exterritorialité. In: DANIELLOU, F. (orgs.). L’ergonomie en quête de ses principes – Débats épistémologiques. Toulouse: Octarès Editions, 1996, p.141-182.
SCHWARTZ, Y. Travail et philosophie – convocations mutuelles. Toulouse: Ocatarès, 1992.
SCHWARTZ, Y. Expérience et connaissance du travail. Paris: Messidor/Editions Sociales, 1988.
SCHWARTZ, Y. Travail et travailleurs en questions. In: SCHWARTZ, Y., FAÏTA, D. (orgs.) L’Homme producteur – autor des mutations du travail et des savoirs. Paris: Messidor/Éditions Sociales, 1985. p.27-55.
SÈVE, L. Penser avec Marx aujourd’hui. L’homme,tome II. Paris: La Dispute, 2008.
SÈVE, L. La personalité en gestation. In: BERTRAND, D; CASANOVA, A.; CLOT, Y; DORAY, B.; HURTEL, F.; SCHWARTZ, Y.; SÈVE, L.; TERRAIL, J-P. (orgs.). Je: sur l’individualité: approches pratiques/ouvertures marxistes. Paris: Messidor/Editions Sociales, 1987, p.209-247.
VERNES, P. M.; SCHWARTZ, Y.; CHASSE, M.; SERIS, J. P.; DEJOURS, C. Rapport sur la thèse d’Yves Clot: le travail entre subjectivité et activité. Aix-en-Provence: Aix-Marseille Université, 26 novembre, 1992.
VYGOTSKI, L. Pensée et langage. Trad. F. SEVE. Paris: La Dispute, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.