Desenhando experiências com o brincar: narrativas autobiográficas de professores de Educação Física em Formação inicial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1545

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir aspectos acerca do brincar que compõem os saberes docentes de professores de Educação Física em formação inicial de um Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Para tanto, utilizou-se como instrumentos de pesquisa a produção de desenhos temáticos e narrativas autobiográficas. Os resultados apontaram que as brincadeiras reveladas pelos sujeitos estão presentes em seus processos formativos dentro e fora da universidade, cercando os conhecimentos que delineiam o trabalho docente. Concluiu-se que a brincadeira não é um tópico perdido em uma memória remota infantil, visto que os acervos revelados pelos sujeitos em suas produções estão arraigados em seus processos formativos dentro e fora da universidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayrhon José Abrantes Farias, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Doutor em Educação Física pela Universidade de Brasília; Docente da Universidade Federal do Norte do Tocantins; Membro do NIMEF - Núcleo de Investigação Multidisciplinar em Educação Física, da Universidade Federal do Norte do Tocantins

Adriano Lopes de Souza, Universidade Federal do Norte do Tocantins

Doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo; Docente da Universidade Federal do Norte do Tocantins; Membro do NIMEF - Núcleo de Investigação Multidisciplinar em Educação Física, da Universidade Federal do Norte do Tocantins

Referências

AGUIAR, T. B.; FERREIRA, L. H. Paradigma Indiciário: abordagem narrativa de investigação no contexto da formação docente. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, e74451, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.74451.

ALVES, A. J. O planejamento de pesquisas qualitativas em educação. Cadernos de Pesquisa, n. 77, p. 53-61, 1991.

BETTI, M. Educação física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Portugal: Ed. Portugal, 1994.

BRANDL NETO, I.; SILVA, S. A. P. dos S. Educação Física Escolar e Cooperação. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.

BROUGÈRE, G. . Brinquedos e companhia. São Paulo: Cortez, 2004.

BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. Tradução: Gisela Wajskop. 8.ed. São Paulo, Cortez, 2010.

CAMASMIE, A. T. Narrativa de histórias pessoais: um caminho de compreensão de si mesmo à luz do pensamento de Hannah Arendt. 2007. 115 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

CONNELLY, F. M.; CLANDININ, D. J. Relatos de Experiencia e Investigación Narrativa. En: LARROSA, J. et al. Déjame que te cuente: ensayos sobre narrativa y educación. Barcelona: Laertes, 1995.

DARIDO, S. C. Educação Física na escola: realidade, aspectos legais e possibilidades. In: DARIDO, S. C.; MAITINO, E. M. Pedagogia cidadã: cadernos de formação: Educação Física. São Paulo: Unesp, Pró-reitoria de graduação, 2012. p. 21-33.

DERDYK, E. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 1994.

DOMINSCHEKI, D. L.; ALVES, T. C. O PIBID como estratégia pedagógica na formação inicial docente. Rev. Inter. Educ. Sup., Campinas, SP, v. 3, n.3, p. 624-644, 2017.

FARIAS, M. J. A.; WIGGERS, I. D.; FREITAS, T. C. Nuances: estudos sobre educação, Presidente Prudente-SP, v. 30, n.1, p.10-27, 2019.

FEITOSA, A. C. et al. “Dando linha na pipa”: uma análise das brincadeiras populares no cotidiano de crianças do bairro da Liberdade em São Luís - MA. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (RICS), São Luís – MA, v. 3, p. 303–315, 2017.

FERREIRA, G. R.; BORRE, L. A narrativa autobiográfica como ritual na formação docente. Revista Apotheke, Florianópolis, v. 8, n. 3, p. 11-23, 2022. DOI: https://doi.org/10.5965/24471267832022011.

FERREIRA, F. M.; FARIAS, M. J. A.; WIGGERS, I. D. Apropriação de saberes nas aulas de educação física “eu sou gordinho e consegui, ué”. Retos, n. 46, p. 668-876, 2022.

FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

FORTES, F. A. M.; NACARATO, A. M. Narrativas de Professores iniciantes e a formação em pedagogia EaD. Cadernos De Pesquisa, v. 28, n. 2, p. 318–343, 2021. DOI: https://doi.org/10.18764/2178-2229.v28n2.202128.

FREITAS, F.; GALVÃO, C. O uso de narrativas autobiográficas no desenvolvimento profissional de professores. Ciências & Cognição, Ano 04, v. 12, p. 219-233, 2007.

GADAMER, H. G. Verdade e método I. Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. São Paulo: Editora Universitária São Francisco, 2005.

JOSSO, M-C. Experiência de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

KISHIMOTO, T. M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LE BRETON, D. A Sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes, 2006.

MACHADO, M. B. P.; REGINATO, L. M. Estágio supervisionado e PIBID na formação docente: experiências que se completam. OPSIS, Catalão, v.15, n. 1, p. 136-148, 2015.

NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1992.

NÓVOA, A. Formação de professores e identidade profissional. 2. ed. Lisboa: Educa, 1995.

PAIS, J. M. Paradigmas sociológicos na análise da vida quotidiana. Análise social, v.33, n. 90, p. 7-57, 1987.

PAIS, J. M. Emprego juvenil e mudança social: velhas teses, novos modos de vida. Análise Social, v. 16, n. 114, p. 945 - 987, 1991.

PAIS, J. M. Vida cotidiana: enigmas e revelações. São Paulo: Cortez, 2003.

PAIS, J. M. Sociologia da vida quotidiana. 5. ed. Lisboa: ICS, 2009a.

PAIS, J. M. Artes de musicar e de improvisar na Cultura Popular. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 138, p. 747 - 773, 2009b.

PIMENTEL, A. Brincadeiras de rua, convivência urbana e ecologia dos saberes. Revista Brasileira de Educação, Maceió, v. 20, n. 62, p. 703-721, 2015.

QUEIROZ, M. C. C.; PINHO, M. J. Brincadeiras e influências no contexto de ocupação na região amazônica: uma análise da ocupação capadócia em Palmas – TO. Revista Humanidades & Inovação. v. 7, n. 15, p. 124 - 133, 2020.

RICOEUR, P. A crítica e a convicção. Lisboa: Edições 70, 1997.

SANTIN, S. Educação Física: da alegria do lúdico à opressão do rendimento. Porto Alegre: Edições Est/esef-ufrgs, 1994.

SANTOS, H. C. C.; NACARATO, A. M. Narrativas de crianças do 1.º ano do Ensino Fundamental sobre a cor da pele. Revista de Educação PUC-Campinas, v. 27, e225384, 2022. DOI: https://doi.org/10.24220/2318-0870v27e2022a5384

SIDI, P. M.; CONTE, E. A hermenêutica como possibilidade metodológica à pesquisa em educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. 4, p. 1942-1954, 2017.

SILVA, F. O.; RIOS, J. A. V. P. Narrativas de si na iniciação à docência: o PIBID como espaço e tempo formativos. Educação & Formação, Fortaleza, v. 3, n. 8, p. 57-74, 2018.

SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

SOUZA, A. L.; TAVARES, O. Notas etnográficas sobre a educação em valores no contexto escolar. Motrivivência, v. 33 n. 64, p. 1-18, 2021.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

TSUHAKO, Y. N. O ensino do desenho como linguagem: em busca da poética pessoal. 2016. 215f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2016.

ZANDOMÍNEGUE, B. A. C.; MELLO, A. da S. Usos e apropriações das culturas populares nas aulas de Educação Física de uma escola pública. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, [S. l.], v. 33, n. 3, p. 453-466, 2019. DOI: 10.11606/1807-5509201900030453.

Downloads

Publicado

31-07-2023

Como Citar

Farias, M. J. A. ., & Souza, A. L. de . (2023). Desenhando experiências com o brincar: narrativas autobiográficas de professores de Educação Física em Formação inicial. Horizontes, 41(1), e023022. https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1545

Edição

Seção

Seção Temática: Narrativas docentes: gênero transgressor e (auto)formativo