Os magos da educação para a América Latina e Caribe:
os professores nas orientações dos Organismos Internacionais
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1721Resumo
Explicita-se as orientações dos Organismos Internacionais (OI) para a Educação Básica latino-americana referentes ao papel e às responsabilidades dos professores. Trata-se de pesquisa documental, abarcando o período de 1995 a 2020. O parâmetro de análise são os termos: avaliação, qualidade e aprendizagem. A Teoria Fundamentada é o referencial metodológico. Como resultados, observa-se que os documentos apontam que os professores são capazes de fazer a magia da aprendizagem, a partir dos resultados das avaliações, superando a ausência de insumos educacionais, os baixos investimentos e as condições socioeconômicas dos alunos, responsabilizando-os pelos insucessos, diante de uma lógica neoliberal. Os OI mantêm o discurso dos anos de 1990, apesar das críticas ao modelo de avaliação.
Palavras-chave: Organismos Internacionais. Avaliação. Qualidade. Aprendizagem. Professores.
Downloads
Referências
ALAVARSE, O. M. Desafios da avaliação educacional: ensino e aprendizagem como objetos de avaliação para a igualdade de resultados. Cadernos CENPEC: pesquisa e ação educacional, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 135-153, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v3i1.206. Disponível em: https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/206/237. Acesso em: 18 ago. 2023.
BANCO MUNDIAL. Aprendizagem Permanente na Economia Global do Conhecimento: desafios para os Países em Desenvolvimento/Banco Mundial. Washington: Banco Mundial, 2003.
BANCO MUNDIAL. Aprendizaje para todos: Invertir en los conocimientos y las capacidades de las personas para fomentar el desarrollo. Washington: Banco Mundial, 2011.
BANCO MUNDIAL. Informe sobre el desarrollo mundial 2018: Aprender para hacer realidad la promesa de la educación. Cuadernillo del “Panorama general”. Washington: Banco Mundial. 2018.
BANCO MUNDIAL. La calidad de la educación es relevante para las capacidades y el criscimiento. Washington: Banco Mundial, 2013.
BANCO MUNDIAL. Prioridades y estrategias para la educación, examen del Banco Mundial. Washington: Banco Mundial, 1996.
BANCO MUNDIAL. Profesores Excelentes: cómo mejorar el aprendizaje en América Latina y el Caribe. Washington: Banco Mundial, 2014.
BAUER, A.; ALAVARSE, O. M.; OLIVEIRA, R. P. Avaliações em larga escala: uma sistematização do debate. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. especial, p. 1367-1384, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-9702201508144607. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/PgMHxD3BYhzBr6B7CpB5BjS/?lang=pt. Acesso em: 15 set. 2023.
CARVALHO, L. M. Governando a educação pelo espelho do perito: uma análise da PISA como instrumento de regulação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 30, n. 109, p. 1009-1036, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000400005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/Q8pmFzJkZnpZj8HWM9dckKf/?lang=pt. Acesso em: 29 ago. 2023.
COSTA, E.; AFONSO, N. Os instrumentos de regulação baseados no conhecimento: o caso do Programme for International Student Sssessment (PISA). Educação & Sociedade, Campinas, v. 30, n. 109, p. 1037-1055, 2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000400006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/3tFYzdjn5DncDzgcjfZkdTj/?lang=pt. Acesso em: 30 jun. 2023.
FAUSTINO, R. C.; CARVALHO, E. J. G. Tolerância e diversidade: dos princípios liberais clássicos à política educacional dos anos de 1990. Horizontes, Itatiba, v. 33, n. 2, p. 67-80, jul./dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.24933/horizontes.v33i2.257. Disponível em: https://revistahorizontes.usf.edu.br/horizontes/article/view/257/95. Acesso em: 23 set. 2023.
FONTANIVE, N. et al. O que o PISA para Escolas revela sobre uma Rede de Ensino no Brasil? A experiência da Fundação Cesgranrio em 2019. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 29, n. 110, p. 6-34, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362020002900001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/pww8qszs9mJpZwf3PNzwXbs/?lang=pt. Acesso em: 15 set. 2023.
FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 119, p. 379-404, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000200004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/PMP4Lw4BRRX4k8q9W7xKxVy/?lang=pt. Acesso em: 23 ago. 2023.
KRAWCZYK, N. A sustentabilidade da reforma educacional em questão: a posição dos organismos internacionais. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, p. 43-62, jan./abr. 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/XRj9H4VbYsNkNW4L97Hf4Rh/?lang=pt. Acesso em: 18 jul. 2023.
OCDE. Conocimientos y aptitudes para la vida: Primeros resultados del programa internacional de evaluación de estudiantes (PISA) – 2000. México: OCDE, 2002.
OLIVEIRA, R. P. Da universalização do ensino fundamental ao desafio da qualidade: uma análise histórica. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 661-690, out. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000300003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/ry9DyPzZ5vqQrgGc4dcWDtG/?lang=pt#. Acesso em: 17 jul. 2023.
OLIVEIRA, S. B.; MENEGÃO, R. C. S. G. Vida e morte do grande sistema escolar americano: como os estes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 119, p. 647-660, abr./jun. 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000200017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/Qqd35PSq9Zmx3HTVwHy7KDF/. Acesso em: 20 maio 2023.
RAVITCH, D. The death and life of the great American school system: how testing and choice are undermining education. New York: Basic Books, 2010.
RELIEVA. Indicaciones procedimiento segunda ronda selección corpus fase 1. Santiago: Relieva, 2020a. Acesso restrito.
RELIEVA. Seleção de documentos a partir dos critérios acordados. Corumbá: RELIEVA, 2020b. Acesso restrito.
STRAUSS; A.; CORBIN, J. Bases de la investigación cualitativa. Técnicas y procedimientos para desarrollar la teoría fundamentada. Medelín: Editorial Universidad de Antioquia, 2002.
SEN, A. A ideia de justiça. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
TOMMASI, L. Financiamento do Banco Mundial no setor educacional brasileiro: os projetos em fase de implementação. In: TOMMASI, L.; WARDE, M. J.; HADDAD, S. (org.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez: Ação Educativa, 1996. p. 195-227.
TOMMASI, L.; WARDE, M. J.; HADDAD, S. (org.). O banco mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez: Ação Educativa, 1996.
TORRES, R. M. Educação para todos: a tarefa por fazer. Porto Alegre: Artmed, 2001.
UNESCO. Balance de los 20 años del Proyecto Principal de Educación em América Latina y el Caribe. Séptima Reunión del Comité Regional Intergubernamental del Proyecto Principal de Educación en América Latina y el Caribe. Santiago: Unesco, 2001.
UNESCO. Datos mundiales de educación. Montreal: Unesco, 2010a.
UNESCO. Educação de qualidade para todos: um assunto de direitos humanos. 2. ed. Brasília: Unesco: Orealc, 2007.
UNESCO. Educación 2030/Declaración de Incheon: hacia una educación inclusiva, equitativa y de calidad y un aprendizaje a lo largo de la vida para todos. Paris: Unesco, 2015a.
UNESCO. Informe sobre tendencias sociales y educativas en América Latina, 2010. Metas educativas 2021: desafíos y oportunidades. Buenos Aires: UNESCO, 2010b.
UNESCO. La Educación para todos, 2000-2015: logros y desafíos. Informe de seguimiento de la EPT en el mundo. Paris: Unesco, 2015b.
UNESCO. Los sistemas de medición y evaluación de la calidad de la educación. Santiago: Unesco, 1997.
UNESCO. Segundo estudio regional comparativo y explicativo (SERCE) – 2004-2007: análisis curricular. Santiago: Unesco, 2005.
UNESCO. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Brasília: Unesco, 2016.
VARGAS TAMEZ, C. La adaptación y la transformación sociales como metas del aprendizaje a lo largo de la vida: la contribución de las organizaciones internacionales. Sinéctica, Tlaquepaque, n. 45, p. 1-24, jul./dez. 2015. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-109X2015000200004&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 19 maio 2023.
.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Giselle Cristina Martins Real, Jullie Cristhie Conceição

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.