Formação de professores como espaço dialógico de construção de saberes que se fazem na palavra, no trabalho e na ação-reflexão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1572

Resumo

Neste artigo, discutem-se as narrativas como artefato para o processo contínuo de formação e de autoformação de professores e debate-se sua potencialidade nas lutas por justiça cognitiva, necessária para a justiça social, para o reconhecimento dos saberes fazeres docentes e para afirmação da sua autoria curricular, no âmbito do grupo de pesquisa. Este texto se inscreve nos estudos dos cotidianos, representando uma possibilidade de pesquisa por meio da linguagem, das relações, dos hábitos, rituais, gestos, usos, artefatos, como uma potência reveladora do que acontece no cotidiano das escolas. Faz-se um diálogo com narrativas docentes com o objetivo de pensar um projeto educativo de valorização dos saberes tecidos no cotidiano, em que o conhecimento é partilhado por meio de ações de solidariedade.

 

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Biografia do Autor

Graça Regina Franco da Silva Reis, Universidade Federal do Rio de Janeiro - professora

Doutora e Mestre em Educação pelo ProPED/UERJ. Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Professora do Colégio de Aplicação (CAp) e do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: currículo, cotidiano escolar, formação de professores, pesquisa (auto)biográfica e pesquisa narrativa. Líder do grupo de pesquisa "Conversas entre professorXs: alteridades e singularidades" (ConPAS/CAp/UFRJ). Coordenadora do Projeto de pesquisa e extensão "Os materiais narrativos e a produção curricular: desafios e possibilidades". Coordenadora do GT 13 de Educação Fundamental da ANPED, biênio 2022-2023 e membro da ABdC/Associação Brasileira de Currículo. Jovem Cientista do Nosso Estado FAPERJ.

Soymara Emilião, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - professora

Doutora e Mestre em Educação, pelo PROPED -UERJ. Cursando o Pós-doutorado no PPGE-UFRJ. Professora Assistente CaP-UERJ e Pedagoga da Rede Municipal de Niterói. Especialista em Psicopedagogia. Coordenadora do projeto de pesquisa e extensão "Conversas entre professorXs: alteridades e singularidades "no CAp/UERJ. Coordenadora do curso de extensão ConMat: Conversas matemáticas com professoras alfabetizadoras. Vice-coordenadora do programa PROEJAICAP-UERJ. Membro Grupo Diálogos Escolas-Universidade e Polifonia Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Alfabetização e Letramento.

Erica da Silva Teixeira Ferreira, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - professora

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora da Educação básica há vinte anos. Especialista em Gestão Escolar e Gestão Pública. Mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental, Educação Infantil, Educação Especial, Coordenação Pedagógica e Gestão Escolar. Atualmente, diretora adjunta em um Espaço de Desenvolvimento Infantil na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Compõe os Grupos de Pesquisa CONPAS: Conversas com professores - Alteridades e Singularidades e Questão da Escola: diferença, desconstrução e intersubjetividade.

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Publicado

31-07-2023

Como Citar

Reis, G. R. F. da S. ., Emilião, S., & Ferreira, E. da S. T. . (2023). Formação de professores como espaço dialógico de construção de saberes que se fazem na palavra, no trabalho e na ação-reflexão. Horizontes, 41(1), e023014. https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1572

Edição

Seção

Seção Temática: Narrativas docentes: gênero transgressor e (auto)formativo