Metodologias participativas na práxis da educação popular

uma ética da transgressão desde as origens

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1651

Resumo

Resultado de estudo bibliográfico, desenvolve-se, neste artigo, uma abordagem teórica e metodológica sobre a construção participativa do conhecimento, considerando seu caráter relacional e complexo, a partir de fundamentos epistemológicos, políticos e sociais que a identificam com a práxis da educação popular. Problematiza-se, além dos princípios fundantes das metodologias participativas, as perspectivas de enfrentamento que essas metodologias possibilitam em relação às concepções clássicas da investigação científica, sobretudo nas Ciências Humanas. Salientam-se as metodologias participativas como transgressoras de procedimentos e visões de realidade, assentadas em noções transformadoras de contextos e sujeitos a partir do comprometimento e da solidariedade, assumidos pela educação popular. Conclui-se demonstrando que a participação representa um fundamento elementar e originário da educação popular, como princípio ético de sua práxis.

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Biografia do Autor

Sandro de Castro Pitano, Universidade Federal de Pelotas

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Professor Associado II da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Bolsista de Produtividade em Pesquisa N2 - CNPq.

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Publicado

30-11-2023

Como Citar

de Castro Pitano, S. (2023). Metodologias participativas na práxis da educação popular: uma ética da transgressão desde as origens. Horizontes, 41(1), e023039. https://doi.org/10.24933/horizontes.v41i1.1651

Edição

Seção

Seção Temática: Ética em Pesquisa de Educação e Integridade Acadêmica