O novo Ensino Médio de 2017 no contexto de valorização do capital

o controle dos corpos e das mentes dos trabalhadores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1782

Palavras-chave:

Reestruturação produtiva, Reforma do Ensino Médio, Valorização do capital, Adaptação do trabalhador

Resumo

O presente texto, resultado de tese de doutorado, tem como objetivo analisar as relações estabelecidas entre a reforma do Ensino Médio de 2017 e os processos de valorização do capital pós-reestruturação produtiva do modelo de produção capitalista. A pesquisa foi do tipo bibliográfica e documental, norteada pelo materialismo histórico-dialético.  Foram analisadas a Lei n.o 13.415, de 16 de fevereiro de 2017; a Base Nacional Comum Curricular de 2018; e as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de 2018, postas pela Resolução n.o 3, de 21 de novembro de 2018, como principais fontes primárias da pesquisa.  Os resultados apontam para o fato de que a reforma do Ensino Médio de 2017 visa a uma adaptação do trabalhador às novas exigências do mundo produtivo.

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Biografia do Autor

Geisa Ferreira dos Santos, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Doutora em Educação  e técnica em Assuntos Educacionais pela Universidade Federal do Alagoas. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Estado, Políticas Sociais e Educação (GEPE). 

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Publicado

28-10-2024

Como Citar

Ferreira dos Santos, G. (2024). O novo Ensino Médio de 2017 no contexto de valorização do capital: o controle dos corpos e das mentes dos trabalhadores. Horizontes, 42(1), e023134. https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1782