A pandemia e o (não) lugar das crianças na Educação Infantil remota:

a infância e os direitos negados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v43i1.2008

Palavras-chave:

crianças, COVID-19, Práticas pedagógicas.

Resumo

O objetivo do artigo é refletir sobre a relação entre infância, Educação Infantil e pandemia, problematizando o (não) lugar das crianças nos encaminhamentos e ações colocadas em prática no contexto educacional durante o período de isolamento social e fechamento das instituições educacionais. A partir de dados gerados em entrevistas com professoras de Educação Infantil, observamos que as atividades remotas, nessa etapa de ensino, não têm ancoragem legal e ficaram distantes de atender os princípios e as finalidades da Educação Infantil. Nas falas das professoras, ao relatarem desafios e dificuldades desse contexto vivido, reconhecemos que as crianças e seus direitos foram negados e/ou invisibilizados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandra Souza Machado, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual do Centro-Oeste/PPGE-UNICENTRO. Membro do grupo de estudos e pesquisas em educação GEPEDIN. Professora no município de Guarapuava-Pr.

Aliandra Cristina Mesomo Lira, Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Pós-doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora  da Universidade Estadual do Centro-Oeste, em Guarapuava, Paraná, Brasil. 

Referências

ABRAMOWICZ, A.; COSTA, A. V. P. A. P. O fotógrafo, a educação infantil e a pandemia. Humanidades & Inovação, v. 08, n. 33, 290-300, 2021.

ARAÚJO, J. N. G. Infância e Pandemia. Caderno de Administração, v. 28, 114-121, 2020. DOI: https://doi.org/10.4025/cadadm.v28i0.53733.

BACHTCHEN, D. Educação Infantil e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC): possibilidades e desafios da formação continuada. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, 2022.

BELEI, R. A.; PASCHOAL, S. R. G.; NASCIMENTO, E. N.; MATSUMOTO, P. H. V. R. O uso da entrevista, observação e vídeogravação em pesquisa qualitativa. Cadernos de Educação, n. 30, 187-199, 2008. DOI: https://doi.org/10.15210/caduc.v0i30.1770.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília DF, 16 jul. 1990.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm. Acesso em: 03 out. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília, DF: MEC, 2010.

BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 abr. 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, dez. 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#apresentacao. Acesso em: 03 out. 2021.

BRASIL. Parecer CNE/PC nº 05/2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=14511-pcp005-

20&category_slud=marco-2020-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 03 out. 2021.

CAMPOS, R. F.; DURLI, Z.; CAMPOS, R. BNCC e privatização da Educação Infantil: impactos na formação de professores. Retratos da Escola, v. 13, n. 25, 169-185, 2019. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.962.

CARVALHO, R. S.; GUIZZO, B. S. O currículo da creche em livros didáticos para docentes: da epistemologia do infantil à regulação da docência. Cadernos Cedes, v. 43, n. 119, 5-16, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/CC256512.

DEUS, A. C. A pré-escola na escola: uma reflexão das práticas pedagógicas a partir da Lei n. 12.796/13. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, 2019.

FLORES, M. L. R. A construção do direito à educação infantil: avanços e desafios no contexto dos 20 anos da LDBEN. Revista Contemporânea de Educação, v. 12, n. 24, 206-225, 2017.

GOBBI, M. A. Entreatos: precisamos de BNCC ou seria melhor contar com a base? A Base Nacional Comum Curricular de Educação Infantil. Debates em Educação, v. 8, n. 16, 118-135, 2016. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2016v8n16p118.

HORN, C. I.; HATTGE, M. D.; SCHWERTNER, S. F. Oitentena: brincando de salvar o mundo do coronavírus. In: LIMA, S. D de. Notas sobre o brincar: experiências na constituição de uma brinquedoteca. Estância Velha: Z Multi Editora, 2021.

KORCZAK, J. Quando eu voltar a ser Criança. São Paulo: Círculo do Livro, 1981.

LIRA, A. C. M.; BACHTCHEN, D.; MACHADO, L. S. Pandemia, educação infantil e crianças: um tempo de incertezas. Anais do XV Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, (p. 2806-2814). Curitiba, PR, 2021.

LIRA, A. C. M.; MACHADO, L. S.; NUNES, M. A. O brincar em tempos de Pandemia. Anais do XV Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, (p. 2686-2694). Curitiba, PR, 2021.

OLIVEIRA, F.; ABRAMOWICZ, A. Políticas públicas e direitos das crianças: uma reflexão a partir da perspectiva étnico-racial. Zero a Seis, v. 19, n. 36, 290-307, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.5007/1980-4512.2017v19n36p290.

OLIVEIRA, Z. M. R. O. Currículo na educação infantil: dos conceitos teóricos à prática pedagógica. In: SANTOS, M. O.; RIBEIRO, M. I. S. Educação infantil: os desafios estão postos - e o que estamos fazendo? Salvador: Sooffset, 2014.

PASTORE, M. D. N. Infâncias, crianças e pandemia: em que barco navegamos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 29, 1-14, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoEN2116.

SANTOS, B. S. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina, 2020.

SANTOS, S. E.; SARAIVA, M. R. de O. O ano que não tem fim: as crianças e suas infâncias em tempos de pandemia. Zero a Seis, v. 22, 1177-1187, 2020. DOI: https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22nespp1177.

SANTOS, S. E.; MACEDO, E. E. BNCC para a educação infantil e a urgência de resistências. Debates em Educação, v. 13, n. 33, 1-14, 2021. DOI: https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13n33p1-14.

SARMENTO, M. J. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação & Sociedade, v. 26, n. 91, 361-378, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200003

SARMENTO, M. J. Alô, quem fala? Por mapa da infância brasileira. In: Quem está na escuta? Diálogos, reflexões e trocas de especialistas que dão vez e voz às crianças. Mapa da Infância Brasileira (MIB), 2016.

TAVARES, M. T. G.; PESSANHA, F. N.; MACEDO, N. A. Impactos da pandemia de COVID-19 na Educação Infantil em São Gonçalo/RJ. Zero a Seis, v. 23, 77-100, 2021. DOI: https://doi.org/10.5007/1980-4512.2021.e78996.

TONUCCI, F. O erro fundamental dessa época foi não ouvir as crianças. Otras voces en Educación. 2020. Disponível em: https://otrasvoceseneducacion.org/archivos/362707. Acesso em: 03 out. 2021.

Downloads

Publicado

04-07-2025

Como Citar

Souza Machado, L., & Mesomo Lira, A. C. (2025). A pandemia e o (não) lugar das crianças na Educação Infantil remota: : a infância e os direitos negados. Horizontes, 43(1), e023192. https://doi.org/10.24933/horizontes.v43i1.2008