A pandemia e o (não) lugar das crianças na Educação Infantil remota:
a infância e os direitos negados
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v43i1.2008Palavras-chave:
crianças, COVID-19, Práticas pedagógicas.Resumo
O objetivo do artigo é refletir sobre a relação entre infância, Educação Infantil e pandemia, problematizando o (não) lugar das crianças nos encaminhamentos e ações colocadas em prática no contexto educacional durante o período de isolamento social e fechamento das instituições educacionais. A partir de dados gerados em entrevistas com professoras de Educação Infantil, observamos que as atividades remotas, nessa etapa de ensino, não têm ancoragem legal e ficaram distantes de atender os princípios e as finalidades da Educação Infantil. Nas falas das professoras, ao relatarem desafios e dificuldades desse contexto vivido, reconhecemos que as crianças e seus direitos foram negados e/ou invisibilizados.
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