Processos educativos de mulheres ciganas: ultrapassando fronteiras e (re)significando identidades
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v40i1.1133Abstract
Trata-se de uma pesquisa realizada em um acampamento cigano, com três mulheres ciganas. A perspectiva teórico-metodológica que orienta nossas problematizações é a pós-estruturalista, que significa pensar que os sujeitos são resultados de discursos e práticas atravessados por relações de saber-poder. Como procedimento metodológico, foram realizados encontros em que as falas das mulheres eram acionadas por suportes problematizadores do que é ser mulher cigana. Para este artigo, selecionamos um ponto que surgiu nos encontros que dizia dos trânsitos possíveis entre a comunidade cigana e não-cigana e seus efeitos na constituição dessas mulheres.
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