Dos quilombos aos quilombos de conhecimentos: espaços de resistência do negro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v40i1.1311

Resumo

Neste estudo tivemos como objetivo discutir as significações, ressignificações e ideologizações que o termo “quilombo” adquiriu ao longo do tempo dentro das lutas dos movimentos políticos da população negra e no processo de criação de um corpus teórico antirracista sólido. Realizamos uma pesquisa bibliográfica e tivemos como base teórica Fiabani (2005, 2007, 2008), Moura (1993), Munanga (1996), Nascimento (2002), Nascimento (2006) entre outros. Os resultados apontam que o termo “quilombo” passou por diversas redefinições no Brasil até se tornar símbolo e categoria interpretativa. Ainda introduzimos os conceitos de Quilombos de conhecimentos e quilombistas do conhecimento, que foram propostos como meios de pensar como os conhecimentos antirracistas são pensados, organizados e fortalecidos).

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Biografia do Autor

Josiney da Silva Trindade, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Mestrando em Educação e Cultura pelo Programa de Pós-graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA), licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA); integrante do Grupo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (GEABI). 

Vilma Aparecida de Pinho, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC) da UFPA-Cametá. É coordenadora do Grupo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (GEABI).

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Publicado

06-10-2022

Como Citar

Trindade, J. da S., & Pinho, V. A. de. (2022). Dos quilombos aos quilombos de conhecimentos: espaços de resistência do negro. Horizontes, 40(1), e022041. https://doi.org/10.24933/horizontes.v40i1.1311