A experiência como possibilidade para a ecologia da ação na perspectiva de(s)colonizadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1793

Palavras-chave:

Pragmatismo, John Dewey, Ecologia de saberes, Estudos de(s)coloniais, Experiência

Resumo

O artigo analisa a concepção de experiência como modo de vida e sua relevância para a “ecologia de saberes”, contrapondo paradigmas hegemônicos e coloniais. Destaca o pragmatismo epistêmico de John Dewey, defendendo sua contribuição para a inteligibilidade da experiência dos oprimidos. Questiona se Dewey promove a de(s)colonização do saber. Ao utilizar uma abordagem qualitativa na Filosofia de Educação e dialogar com Grazziontin, Klaus e Pereira (2022), conclui que a teoria de Dewey incentiva a ação descolonizadora, emergindo da reflexão crítica e prática transformadora. Assim, sua concepção de experiência é fundamental para uma ecologia de saberes e fazeres, de modo que fortalece a de(s)colonialidade como modo de vida.

Palavras-chave: Pragmatismo. John Dewey. Ecologia de Saberes. Estudos de(s)coloniais. Experiência.

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Biografia do Autor

Antonio Oliveira Dju, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEDU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Bolsista pela CAPES. Membro do Grupo de Pesquisa A Educação Filosófica de Crianças, Adolescentes e Jovens. 

 

Darcisio Natal Muraro, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo-USP. Professor da Universidade Estadual de Londrina-UEL. 

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Publicado

04-07-2024

Como Citar

Dju, A. O., & Muraro, D. N. . (2024). A experiência como possibilidade para a ecologia da ação na perspectiva de(s)colonizadora. Horizontes, 42(1), e023109. https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1793