A experiência como possibilidade para a ecologia da ação na perspectiva de(s)colonizadora
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v42i1.1793Palavras-chave:
Pragmatismo, John Dewey, Ecologia de saberes, Estudos de(s)coloniais, ExperiênciaResumo
O artigo analisa a concepção de experiência como modo de vida e sua relevância para a “ecologia de saberes”, contrapondo paradigmas hegemônicos e coloniais. Destaca o pragmatismo epistêmico de John Dewey, defendendo sua contribuição para a inteligibilidade da experiência dos oprimidos. Questiona se Dewey promove a de(s)colonização do saber. Ao utilizar uma abordagem qualitativa na Filosofia de Educação e dialogar com Grazziontin, Klaus e Pereira (2022), conclui que a teoria de Dewey incentiva a ação descolonizadora, emergindo da reflexão crítica e prática transformadora. Assim, sua concepção de experiência é fundamental para uma ecologia de saberes e fazeres, de modo que fortalece a de(s)colonialidade como modo de vida.
Palavras-chave: Pragmatismo. John Dewey. Ecologia de Saberes. Estudos de(s)coloniais. Experiência.
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