A educação em Macapá, AP no cenário pré-pandêmico: indicadores de acesso e permanência de alunos com necessidades específicas a partir da Meta 4 do PNE
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v40i1.1368Resumo
O tema propõe abordar alguns precedentes e o contexto que antecede a pandemia da Covid-19 estabelecendo como recorte o acesso de alunos com necessidades específicas que residem no município de Macapá, AP ao Ensino Médio e sua permanência em escolas, da rede estadual de Educação, a partir do nível de cumprimento da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), nos períodos de 2016 a 2018. Utilizou-se a pesquisa documental a partir de leis, documentos oficiais, tabelas, estatísticas etc. Os resultados mostram que é questionável o cumprimento da Meta 4 do PNE em vista das condições de acesso e permanência, e que é sustentada a prática de fazer o mínimo necessário, rotulada como educação inclusiva. Concluiu-se que o aparato legal é importante, mas pouco avança na garantia de direitos da pessoa com necessidade específica.
Palavra chave: Educação inclusiva; Política pública; PNE; Acesso e Permanência; Ensino Médio.
Downloads
Referências
ALGEBAILE. E. Escola pública e pobreza no Brasil: a ampliação para menos. Rio de Janeiro: Lamparina/Faperj, 2009.
ALVES, J. P. da C.; CARDOSO, Q. de O. A educação básica na Amazônia e seus indicadores de qualidade social: contradições e desafios para o Ensino Médio no Amapá. Cadernos CIMEAC, Uberaba, v. 9, n. 2, 2019. ISSN 2178-9770
AMAPÁ. Lei n.o 1907, de 24 de junho de 2015. Dispõe sobre o Plano Estadual de Educação ‒ PEE, para o decênio 2015-2025, e dá outras providências. Macapá: Ministério Público, 2015. Disponível em: https://www.mpap.mp.br/menu-legislcao?view=article&id=6685:lei-ap-1907-2015&catid=16 Acesso em: 5 out. 2022.
AMAPÁ. Secretaria de Estado da Educação do Amapá (Seed/AP). Centro de Pesquisa Educacionais (Cepe). Relatório de fluxo no Ensino Médio. Macapá: Seed/Cepe, 2019.
ARAUJO, R. M. de L.; RODRIGUES, D. do S.; ALVES, J. P. da C. Indicadores educacionais e a ideia da integração do ensino: o Ensino Médio na Amazônia sob análise. Novos Cadernos NAEA, Belém, v. 18, n. 3, p. 231-260, jun-set, 2015.
BELISÁRIO FILHO, J.; CUNHA, P. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010.
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. In: CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EDUCACIONAIS, 1994, Salamanca. Brasília: Corde, 1994.
BRASIL. Presidência da República. Decreto n.o 2494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o art. 80 da Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2494.htm Acesso em: 5 out. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Saberes e práticas de inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. 2. ed. (coord.). Brasília: Seesp/MEC, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/const_escolasinclusivas.pdf Acesso em 16 fev. 2019.
BRASIL. Inclusão. Revista da Educação Especial, Brasília, v. 4, n. 1, jan./jun. 2008a. Seesp/MEC.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC; Seesp, 2008b.
BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência. Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência. Brasília: Presidência da República, 2012. 32 p. Disponível em: https://inclusao.enap.gov.br/wp-content/uploads/2018/05/cartilha-censo-2010-pessoas-com-deficienciareduzido-original-eleitoral.pdf Acesso em: 21 set. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação ‒ PNE e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm Acesso em: 21 fev. 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília: Senado Federal, 2015a.
BRASIL. Presidência da República. Lei n.o 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Presidência da República, 2015b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm Acesso em: 28 set. 2022.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Relatório do 1.o ciclo de monitoramento das metas do PNE: biênio 2014- 2016. Brasília: Inep, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Relatório do Censo Escolar. Brasília: Inep, 2019a.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Relatório do 2.o ciclo de monitoramento das metas do PNE: 2018. 2. ed. Brasília: Inep, 2019b.
CARDOSO, M. da S. Aspectos históricos da educação especial: da exclusão à inclusão – uma longa caminhada. In: STOBÄUS, C. D.; MOSQUEIRA, J. J. M. (org.). Educação especial: em direção à educação inclusiva. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
CHIZZOTTI, A. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e desafios. Revista Portuguesa de Educação, Lisboa, v. 16, n. 2, p. 221-236, 2003.
CIAVATTA, M.; RAMOS, M. N. Ensino Médio e Educação Profissional no Brasil: dualidade e fragmentação. Revista Esforce, Brasília, v. 5, n. 8, 2011.
CURY, C. R. J. Políticas inclusivas e compensatórias na educação básica. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 124, p. 11-32, jan./abr. 2005.
FERREIRA, M. C. C.; FERREIRA, J. R. Sobre inclusão, políticas públicas e práticas pedagógicas. In: GÓES, M. C. R. de; LAPHANE, A. L. F. de. (org.). Políticas e práticas de educação inclusiva. São Paulo: Autores Associados, 2004.
LOBO, G. dos A. et al. Prática escolar inclusiva em escolas do Ensino Médio em Macapá/AP. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v. 9, n. 8, 2020. ISSN 2525-3409. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5990
MANTOAN, M. T. E. Igualdade e diferenças na escola: como andar no fio da navalha. In: ARANTES, V. A. (org.). Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. 4. ed. São Paulo: Summus, 2010. p. 15-30.
MOTTA, E. de O. Direito educacional e educação no século XXI. Brasília: Unesco, 1997.
NASCIMENTO, S. do S. F. do. Formação docente em educação especial: uma realidade do município de Macapá-AP. In: CONFORT, S. F. (org.). Prática escolar e diferença. 3. ed. Rio de Janeiro: Arquimedes, 2007. v. 1, p. 131-146.
OBSERVATÓRIO DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (OPNE). Educação Especial/ Inclusiva: Meta 4. São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.observatoriodopne.org.br/meta/educacao-especial/inclusiva Acesso em: 31 jul. 2019.
OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
SOBRINHO, R. C.; PANTALEÃO, E.; SÁ, M. G. C. S. O plano nacional de educação e a educação especial. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46, p. 504-525, abr./jun. 2016. (Fundação Carlos Chagas).
VÁZQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. Tradução de Luiz Fernando Cardoso. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 João Paulo da Conceição Alves, Ana Paula Vieira Souza, Diana Siqueira Crispin
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.