Crianças, adolescentes, jovens e adultos e a resolução de situações combinatórias
DOI:
https://doi.org/10.24933/horizontes.v31i1.726Resumo
Participaram da pesquisa 718 estudantes em escolaridade regular (crianças e adolescentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio) e da Educação de Jovens e Adultos – EJA (dos anos iniciais ao Ensino Médio e de um curso profissionalizante) que resolveram duas de cada situação (arranjo, combinação, permutação e produto cartesiano). A escolarização teve efeito significativo, relacionada a maiores índices de sistematização nas soluções, embora procedimentos similares tenham sido observados entre os que não haviam participado de instrução em Combinatória e entre os que já haviam aprendido esse conteúdo. A listagem de possibilidades foi o procedimento mais utilizado. Produtos cartesianos eram mais facilmente compreendidos e arranjos, combinações e permutações eram mais difíceis, em especial para os jovens e adultos em início de escolarização. Os resultados sugerem a necessidade de um ensino com variedade de situações, significados, relações e representações simbólicas, de modo a favorecer um amplo desenvolvimento do raciocínio combinatório.Downloads
Referências
BARRETO, Fernanda; BORBA, Rute. O desenvolvimento do raciocínio combinatório em alunos de um programa de correção de fluxo na modalidade da educação de jovens e adultos. Anais do VI Encontro Paraibano de Educação Matemática. Monteiro, Paraíba, 2010.
BARRETO, Fernanda; BORBA, Rute. Intervenções de combinatória na educação de jovens e adultos. Anais da XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática. Recife, 2011.
BATANERO, Carmen; NAVARRO-PELAYO, Virgínia; GODINO, Juan. Effect of the implicit combinatorial model on combinatorial reasoning in secondary school pupils. Educational Studies in Mathematics 32, pp.181-199, 1997.
BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 1º e 2º ciclos. Secretaria de Ensino Fundamental, 1997.
BRYANT, Peter; MORGADO, Luísa; NUNES, Terezinha. Children’s understanding of multiplication. Proceedings of the Annual Conference of the Psychology Mathematics Education. Tokyo: PME, 1992.
FISCHBEIN, Efraim. The intuitive sources of probabilistic thinking in children. Reidel: Dordrecht. 1975.
FISCHBEIN, Efraim; PAMPU, Ileana; MINZAT, Ion. Effects of age and instruction on combinatory ability in children. The British Journal of Educational Psychology, nº 40, 1970.
INHELDER, Barbara; PIAGET, Jean. De la logique de l’enfant à la logique se l’adolescent. Paris: Presses Universitaires de France, 1955.
LIMA, Rita de Cássia Gomes de; BORBA, Rute. O Raciocínio Combinatório de alunos da Educação de Jovens e Adultos: do início de escolarização ao término do ensino médio. Anais do II Seminário Internacional de Educação Matemática. São Paulo, 2009.
MERAYO, Felix. Matemática Discreta. Madri: Editora Thomson Paraninfo S.A, 2001.
MORO, Maria Lúcia; SOARES, Maria Teresa. Níveis de raciocínio combinatório e produto cartesiano na escola fundamental. Educação Matemática Pesquisa. São Paulo: v. 8, n.1, pp. 99-124, 2006.
NUNES, Terezinha; BRYANT, Peter. Children doing mathematics. Oxford: Blackwell Publishers, 1996.
PESSOA, Cristiane; BORBA, Rute. O desenvolvimento do raciocínio combinatório na escolarização básica. Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, v. 1, p. 1-22, 2010.
PESSOA, Cristiane; BORBA, Rute. Quem dança com quem: o desenvolvimento do raciocínio combinatório de crianças de 1ª a 4ª série. Zetetiké (UNICAMP), v. 17, p. 105-150, 2009.
SCHLIEMANN, Analúcia. A compreensão da análise combinatória: desenvolvimento, aprendizagem escolar e experiência diária. In: CARRAHER, Terezinha Nunes; CARRAHER, David; SCHILIEMANN, Analúcia. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.
VERGNAUD, Gérard. Multiplicative structures. In: LESH; RICHARD; LANDAU, Marsha (Eds.).Acquisition of mathematics: Concepts and processes. New York: Academic Press, 1983.
VERGNAUD, Gérard. La théorie de champs conceptuels. Recherches en Didactique de Mathématiques, vol 10, n°2.3, Pensée Sauvage: Grenoble, France, pp. 133-170, 1990.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, desde que através do link da Horizontes) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) O trabalho para submissão deve ser acompanhado por uma carta escaneada assinada por todos os autores, informando que o trabalho não foi enviado para nenhum outro periódico e que acatam as normas contidas nas Diretrizes da Horizontes.